Diário: Ansiedade e as minhas leituras atuais

 


Bom, desde que eu me entendo por gente me vejo sentindo sintomas da ansiedade, agonia se instalando no peito, os pensamentos acelerados e a sensação de que vou morrer tomam conta de mim e então só vejo e sinto o caos. É complicado descrever o que verdadeiramente sinto, é tudo tão complexo e assustador...

Ao longo dos anos, experimentei a ansiedade em suas várias formas e intensidades, algumas vezes busquei ajuda, mas nunca conclui o ciclo de cura (se é que posso chamar assim o processo de terapia), teve alguns períodos que fiquei bem, não 100%, mas eu conseguia viver, fingia que estava tudo bem e vivia, mas, no fundo, eu sabia que estava varrendo o problema para debaixo do tapete e que futuramente o tapete deixaria de ser um tapete e se tornaria um grande obstáculo.

E aqui estou com 33 anos encarando o obstáculo.  Vivenciando o caos. 

E pela terceira vez em vinte anos, resolvi procurar ajuda psiquiátrica, pois desta vez sinto que sozinha não conseguirei sair desse pântano tenebroso do qual estou.  

Faz exatamente vinte dias que estou usando um medicamento e as primeiras semanas foram uma montanha-russa de emoção: medo, angustia, muitas lágrimas, desespero e tantos outros sentimentos que é difícil descrever, fora algumas conquistas que precisei abdicar e foi nesse momento de desistir dessas conquistas que percebi que realmente minha saúde mental chegou no limite.

Atualmente me encontro na lama, todo o meu corpo e a minha alma estão cobertos pela lama grudenta, cheia de medos e aflições.

Essa é a única maneira que consigo descrever como me sinto agora.

O que me resta nesse momento é ter paciência comigo e confiar no processo e principalmente não desistir.

Enquanto isso, a leitura está sendo um grande aliado, um divisor de águas. 

Alguns dos problemas mais complexos da Física contemporânea explicados, sem complicadas fórmulas matemáticas nem tecnicismos herméticos, numa breve história das grandes indagações da humanidade.

O que aconteceu no momento da Criação? Houve um minuto determinado em que o Universo que nos rodeia surgiu? Essas são questões tão antigas como a própria humanidade. Muitos procuram a resposta nos mitos e na religião. Outros nas teorias científicas. Em A dança do universo, o físico Marcelo Gleiser mostra em linguagem clara que esses dois enfoques não são tão distantes quanto imaginamos, apresentando versões de diversas culturas para o mistério da Criação, até desembocar na explicação da ciência moderna para o surgimento do Universo.

Prêmio Jabuti 1998 de Melhor Ensaio e Biografia

 

Escolhi esse livro para sair da rotina e me aventurar por outras temáticas, apesar de aparentar ser uma leitura difícil, a linguagem que o autor usa é simples, qualquer pessoa consegue entender. De onde o Universo surgiu? Havia algo antes dele? Esta sendo uma experiência muito interessante conhecer os mitos da criação do universo e saber que a ciência não, é algo frio e 100% racional. 


O corpo de uma jovem é encontrado no tapete da biblioteca dos Bantry, às sete da manhã. A vítima é uma completa desconhecida e o casal Bantry decide chamar as autoridades para investigar o caso — e também, é claro, Miss Marple, detetive amadora e amiga da sra. Bantry.

Tudo se complica ainda mais quando chega até eles a notícia de outra adolescente morta, carbonizada dentro de um carro incendiado em uma pedreira. Qual será a possível conexão entre os dois incidentes?





O segundo livro que estou lendo, escolhi porque eu queria me conectar com a Wanderléa do meu passado, Agatha Christie me traz lembranças boas de uma época do qual sinto saudade. Além disso, a escrita da autora é simples e gostosa, suas histórias não possuem vários clímax, não são complexas, o que é perfeito, pois algumas vezes, não quero pensar muito, não quero imaginar muito, apenas quero uma leitura mais fácil.


Inspirado na série da Netflix, A imperatriz é um romance envolvente, intenso e extremamente moderno sobre a possibilidade do amor, paixões avassaladoras e a busca por nosso lugar no mundo.

O ano é 1853. A princesa Elisabeth da Baviera, Sisi, já deixou bem claro: ela está disposta a esperar o tempo que for necessário por um amor como aquele que cantam os poetas, capaz de levar qualquer uma às estrelas. E, para ela, terá de ser um amor como esse... ou amor algum. Enquanto sua irmã mais velha, Helene, prefere seguir os conselhos da mãe e se prepara para casar-se com o imperador Franz da Áustria, Sisi sabe que a vida não pode se limitar a recepções luxuosas e corselets apertados.

Enquanto isso, na Áustria, o imperador se recupera de uma tentativa de atentado contra sua vida. Na tentativa de manter a paz, Franz concorda em cumprir seus deveres imperiais, aceitando finalmente celebrar um compromisso com Helene da Baviera. Afinal, existe uma maneira melhor de unificar o império que anunciar sua nova imperatriz?


A Imperatriz me conquistou pela escrita, lembrando que não espero um enredo que seja Historicamente correta, se fosse eu leria uma biografia como, por exemplo: Sissi e o último brilho de uma dinastia: uma breve história não contada dos Habsburgos. Estou tratando esse livro apenas como um simples romance romântico e estou amando. 


O VALE DOS CAVALOS é o segundo volume da saga pré-histórica, Os Filhos da Terra, iniciada com Ayla, a filha das cavernas. Nesta nova aventura, Ayla conhece Jondalar, homem que mudará para sempre a vida da heroína.

Mais uma vez Auel leva seus milhares de leitores para um fantástico mundo de mistérios num tempo longínquo e fascinante. A saga Os Filhos da Terra, com novo projeto gráfico, é agora reeditada no Brasil, e tem tudo para repetir o sucesso da Europa — onde a autora é considerada cult. Os Filhos da Terra resgata traços da cultura e do comportamento humano na pré-história ao relatar as aventuras de Ayla, uma jovem que sobreviveu a um grande terremoto graças à sua inteligência e instinto. Auel construiu a epopéia memorável de uma mulher num momento crucial da evolução, quando duas raças — cro-magnon e neanderthal — se defrontam em luta pela própria existência.


Adorei o primeiro livro, foi um dos meus favoritos do ano passado, O vale dos cavalos é a minha leitura antes de dormir ou quando acordo na madrugada sentindo alguns sintomas da ansiedade (reação do remédio). Os acontecimentos desse livro estão mais lentos, assim como o primeiro a autora capricha nas descrições das paisagens e ações dos personagens, é um ótimo sonífero. 

Como podem ver, são várias leituras com temáticas diferentes. Neste momento de fragilidade estou buscando leituras leves, que não possuam gatilhos, que não me deixem desconfortável. A leitura é sim uma grande aliado para a depressão/ansiedade, mas cada pessoa precisa se conhecer para saber o que vai funcionar e o que pode se tornar  combustível para sentimentos negativos. 


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